sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Desculpa-me, Ama-me


Desculpa-me, Ama-me
(Vinícius Andrade)

amor que tanto amo
diva sem tamanho
vamos haver de convir
que toda esta situação
não pode, não, servir
como elo de comparação

eu, ser feio, gordo e besta
qual mal bato à sua testa
exigir de ti, musa morena,
falar a mim teu problema

eu, ser luso, chato e calvo
poeta, inútil e desafinado
querer ousar compor samba
com ti, música bossa nova

sequer faz algum senso
falar em base, se é o acaso
quem guiará seu coração
e pavimentará à razão

tranquiliza-te, amor
pois só à paz deve-se louvor

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