terça-feira, 20 de setembro de 2011

Soneto do Ônibus


Soneto do Ônibus
(Vinícius Andrade)

numa noite fria na Saens Peña
te cuido, te abraço, te cheiro
te mimo para decorar o ensejo
beijinho pra lá, beijinho pra cá

numa despedida quente na tijuca
fumamos a fumaça do alheio
e ignoramos os olhos de desejo
são eu pra lá, você para lá...

É você, à casa, no Andaraí
a um 422 de distância
eu, Flamengo, longe daí

é felicidade, embora instância
ser pobre de marré deci
e rir da espera em abundância

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