quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poema-homenagem ao nonsense


Poema-homenagem ao nonsense
(Vinícius Andrade)

como um biscoito sem gordura trans
e uma transa sem que eles virem fãs
e uma maçã hidropônica sem verme
mais restos da minha tez hipoderme
como focos de dengue em santa cruz
flocos, sorvete light caro do zona sul
carro batido parado em plena praça
graça e desgraça da canção antigaça
outrora vambora, ou não fomos, né?
geração narcotizada, diria o vandré
um cigarro, solução, ou não, dá ruim
no baço, no fígado, nos pulmão e rim
eu que fui criança melequenta e tal
hoje sou piadista de piada tosca e má
não por conta de nenhum blablabla
mas pela minha preguiça de ser mau

Nenhum comentário:

Postar um comentário