quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Poema Do Chato Pra Caralho

O Poema Do Chato Pra Caralho
(Vinícius Andrade)

quando eu,
insuportavelmente eu,
representar uma figura
insuportavelmente
chata e pedante
aparência de arrogante
diante da tua crise
me minimize

quando eu,
arbitrariamente eu,
perturbar tua luxúria
arbitrariamente
sã e provocante
à lingerie lancinante
diante do teu anseio
me acuse devaneio

quando eu,
peremptoriamente eu,
insistir em ser mala
peremptoriamente
um mala gigante
da que não é rolante
perante pátios de aeroporto
me julgue morto

e quando eu,
politicamente eu,
te irritar quando falo
politicamente
tudo corretamente
alegando bem da gente
aguente, pois...
e me beije depois

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