segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Rap(t)e me

Rap(t)e me*
(Vinícius Andrade)

acabe comigo
dá-me bebida alcoólica até o fim
até o fim dos meus sentidos
faça-me afim
faça de modo ruim
e não se esqueça de ser bruto

me engane
dá-me tapas na cara, bata-me
até o fim dos meus gemidos
finja-me afim
finja, mas finja sim
que não esquecerei do ser bruto

rape me
rapte me o orgulho
chamaram-te homem
chamava-se mulher



*poesia dedicada à não-violência contra a mulher

Nenhum comentário:

Postar um comentário