Rap(t)e me*
(Vinícius Andrade)
acabe comigo
dá-me bebida alcoólica até o fim
até o fim dos meus sentidos
faça-me afim
faça de modo ruim
e não se esqueça de ser bruto
me engane
dá-me tapas na cara, bata-me
até o fim dos meus gemidos
finja-me afim
finja, mas finja sim
que não esquecerei do ser bruto
rape me
rapte me o orgulho
chamaram-te homem
chamava-se mulher
*poesia dedicada à não-violência contra a mulher
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