quinta-feira, 28 de julho de 2011

Poema do Café


Poema do Café
(Vinícius Andrade)

bebo um
bebo dois
bebo mais
e ainda não bastam
ainda é pouco pra mim
sou sedento
sonolento
fedorento
catarrento
um ser nojento
cara horrendo
se acordo, assim, como hoje
com minhas xícaras longe
me emputeço rápido
viro bicho
ajo como salafrário
vagabundo
disléxico
ser fora do seu nicho
anoréxico
vadio
nauseabundo
fico puto
e perco até minha fé
sem meu religioso
de todo santo dia
copo matinal de café

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