sexta-feira, 27 de maio de 2011

Oh, Felix Roma


Oh, Felix Roma
(Vinícius Andrade)

é, Roma... somos nobres!
regeste a vida de pobres
cantaste para poucos bons
mudaste futuros pagãos
saudades fortes senti
do bom tempo ali
dos bosques frios
das fábulas dos rios
e até mesmo das brigas
das modernas coisas antigas
que enganei-me aceitando
e orgulhei-me cantando
claves, ensaios, batutas
amigos, pessoas malucas
partituras, tentativas
cantorias sã-furtivas
longos papos professoris
teorias sobre todos os quadris
nota baixa para a perna fina
nota alta para aquela menina
puquianamente leviano
sou desde aquele ano
em que entrei infanto-ignorante
e saí adulto-retardante
cadê aqueles ventos entre pilotis?
ainda se chupam drops de anis?
ainda é moda tatuar um brazão?
ou a saudade desse tempo é um vão?

(poema em homenagem aos meus tempos de PUC-Rio)

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